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sexta-feira, outubro 25, 2013

Duelo de mulheres


Está claro que o principal embate da campanha presidencial do ano que vem será entre a presidente Dilma Rousseff e a ex-senadora Marina Silva. Duas mulheres de personalidade forte e que decidiram se confrontar nesta corrida presidencial. Marina não perde oportunidade de dar uma alfinetada na presidente; e Dilma não disfarça e retruca. Tem sido assim e deve continuar assim até outubro do ano que vem.
As críticas de Marina começam provocar reações no governo. Nesta terça-feira, a presidente Dilma saiu a público para defender o chamado “tripé da economia”: meta de inflação, meta de superávit e câmbio flutuante. Marina Silva já vem falando sobre o assunto há algum tempo, como uma espécie de “vacina” para afastar eventuais temores de agentes econômicos caso esteja no condomínio vitorioso do ano que vem. Dilma, cujo governo é acusado de maquiar contas públicas, saiu em defesa das medidas.
Outra mudança pode acontecer no campo político. O discurso de Marina é o da renovação, o que ela chama de “aposentar a velha República e fazer a política nova”. O governo e o PT não estão gostando nada de serem carimbados de comandantes da “velha política”. E ensaiam uma mudança de rumo. A primeira decisão foi baixar a ansiedade dos aliados e anunciar que vai ficar para o fim do ano a definição dos palanques de Dilma nos Estados. Muitos destes palanques com aliados apontados como representantes da “velha política”. Um deles, a família Sarney.
Nesta terça-feira, diante de notícias de que Dilma iria apoiar um arquiinimigo de Sarney no Maranhão, o atual presidente da Embratur, Flávio Dino, o Palácio do Planalto se viu obrigado a desmentir. Em nota, o  porta-voz ThomasTraumann, informa que na conversa com o ex-presidente Lula, semana passada, a presidente Dilma “não tratou de preferências sobre a sucessão eleitoral no Maranhão”.  Sarney não gostou. Ele esperava uma nova mais enfática, antecipando o apoio do PT ao candidato do PMDB de Roseana Sarney.
Dilma quer – e está comprometida – com o PMDB para a eleição do ano que vem. Mas o que falta é definir as alianças entre os dois partidos em vários Estados, como Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia, onde os dois partidos já se estranham desde a eleição passada.
Difícil vai ser costurar a aliança sem incluir aqueles que estão sofrendo desgaste perante a opinião pública. E que alimentem o discurso de Marina “contra a velha política”.

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