O deputado estadual comunista Rubens Pereira Júnior acaba de demonstrar, publicamente, que o secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, está muito bem na disputa eleitoral de 2014. Os ataques infundados, logo na primeira semana de início do ano legislativo, revelam que acendeu o sinal vermelho na campanha de Flávio Dino ao Governo do Maranhão e que os números da pesquisa do Instituto Mister, ops, Data M, talvez tenham sido um pouco exagerados.
Há quem tenha boa memória e lembrado que, em 2004, esse mesmo instituto de pesquisas do ex-assessor de imprensa de Zé Reinaldo, deu como certa a vitória do Dr. Julinho em São José de Ribamar. Ao abrirem as urnas, estava eleito Luis Fernando.
Pois bem, se o ex-prefeito da Terra do Peixe Pedra estivesse assim tão mal das pernas na corrida eleitoral, por que o deputado mais dinista da Assembleia iria se esforçar tanto para desgastá-lo? Eu, se fosse o Rubinho Júnior até torceria para que o candidato fosse Luis Fernando!
Rubinho usou a tribuna para falar um relatório preliminar, e nem conclusivo, do TCE, com supostas irregularidades logo após a saída de Luis Fernando do cargo de prefeito. Necessitado de uma assessoria para lixar melhor o seu discurso, o filho do deputado ficha-suja Rubens Pereira, não soube se expressar com convicção: “Inclusive que o Procurador Geral da República diz esse dinheiro deve ter sido usado para campanhas eleitorais”. Desde quando um procurador deve se expressar fora dos autos de um processo e com achismo? Quem afirmou que o procurador disse isso? O procurador geral da República, Rodrigo Janot, tão próximo de Nicolau Dino, irmão de Flávio Dino?
O líder da oposição apenas trouxe comida para alimentar os abutres da blogosfera dinista que, sem crise no sistema prisional, anda passando fome. Os textos distribuídos pela serva Aline Louise são escritos com um estilo de fazer inveja às cartomantes mais sofisticadas de Copacabana: “O atual secretário de infraestrutura de Roseana Sarney pode ser denunciado por improbidade administrativa”. Aham.
Rubinho levou alguns solavancos que vão servir de experiência caso ele consiga se reeleger. O deputado Max Barros, entre impávido e estarrecido, declarou: “Fico pensando, senhor presidente, que nada melhor do que um dia após o outro. Recordo-me que alguns meses atrás o deputado Rubens Júnior esteve na tribuna desta Casacriticando de maneira firme, de maneira bastante enfática a atuação do Tribunal de Contas do Estado. Houve uma Auditoria na Prefeitura de Matões, da qual a prefeita é sua genitora e essa Auditoria apontou uma série de falhas, uma série de irregularidades, e o deputado Rubens Júnior subiu à tribuna e criticou muito, criticou a instituição. Ele foi bastante, eu diria até violento em relação ao Tribunal de Contas do Maranhão. E quis o destino, que naquele momento fui eu que vim aqui a tribuna para defender o Tribunal de Contas, para dizer o quanto é importante termos órgãos fiscalizadores que fiscalizem gestores públicos e que o Tribunal de Contas fazia o seu papel quando fiscalizou a Prefeitura de Matões. Mas tive a responsabilidade também, como vários outros deputados aqui, de acatar uma colocação do deputado Rubens Júnior, que auditorias preliminares merecem ainda o contraponto do próprio gestor, que isso vai passar pelo Ministério Público do Tribunal de Contas, pelo relator da matéria, pelo Plenário para só depois se tornar uma decisão do pleno do Tribunal de Contas. E aquilo nós defendíamos que valeria para a prefeita Suely. E agora o deputado Rubens Júnior, baseado no relatório preliminar do Tribunal de Contas já vem fazer juízo de valor de uma matéria em que o próprio prefeito ou as pessoas que foram apontadas, irão apontar item por item o que aconteceu”.
Em aparte, o deputado César Pires afirmou: “Me parece um precedente perigoso. Seria, portanto, 217 prefeitos que trouxéssemos para cá os relatórios pré-liminares e fariam na verdade 217 prefeitos desonestos apenas no primeiro relatório. Imagine agora se os desafetos dos adversários de qualquer prefeito publicassem em praça pública os relatórios preliminares do Tribunal de Contas e que tomassem aquilo como verdadeiro ou nos meios de comunicação, nos blogs tornariam desonesto talvez o mais honesto do cidadão maranhense. Não é justo”. Não mesmo.
