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entenas de populares saíram às ruas bradando seus direitos e
necessidades. O sol escaldante não impediu que jovens, mulheres, idosos e até
crianças saíssem do Bairro Bela Vista, até a Câmara Municipal.
Em manifestação inédita, pedestres, ciclistas, condutores de
veículos em geral, pais e mães de família empunharam faixas, cartazes e
bandeiras denunciando descasos na saúde, infra-estrutura, educação, gestão;
enfim, foi um grito que estava preso, os bacabalenses de forma ordeira,
pacífica, reivindicaram soluções para as problemáticas a que todos estamos
submetidos.
A líder do movimento, Débora Neres, de maneira aguerrida,
puxava o coro das reivindicações, mas ao chegar à Câmara Municipal foi barrada,
e acintosamente foi chamada de vagabunda,
pelo vereador Fernando Sousa, o que gerou indignação de todos os presentes,
sem contar que os manifestantes foram recebidos na porta da prefeitura, por
outros manifestantes pró-Zé Alberto, que estavam com cartazes que cobravam do
ações do antigo gestor, Dr. Lisboa.
O que ficou evidenciado é que em Bacabal não foi queimado
ônibus, cinegrafistas não foram atingidos, nem a polícia teve maiores trabalhos
para conter a população, nem mesmo veio a utilizar de gás lacrimogêneo ou spray
de pimenta. Mas foi manifestação contra
manifestação, de um lado, quem realmente precisa de ações de políticas
efetivas, e do outro lado, alguns que caracterizavam da seguinte forma;
”Se o prefeito Zé Alberto, os Vereadores e Secretários estão errados,
no passado também erraram”.
A pergunta que fica, é como defender o indefensável? E como podemos
justificar nossos erros com erros dos outros e viver no passador? E o futuro
não é agora? Afinal devemos apelar ao consenso!
Outro capítulo dessa mesma história se deu dentro da Câmara
Municipal, a atual presidenta da “Casa”, a vereadora Regilda, acompanhada por
outros edis não aceitou nem a presença da imprensa na sala onde ela recebeu a
Líder do movimento, Débora Neres e mais três integrantes da sua cúpula, tiveram
também o Comandante da Polícia Militar e alguns outros vereadores. Os vereadores
alegaram que o movimento era ilegítimo e não o aceitaram o. Uma das alegações para tentar explicar a
atual situação a que se encontra o município, é que, o prefeito Zé Alberto
recebeu “uma herança” de 16 anos atrás, segundo o Vereador Maninho. “Uma equipe sem nomes, sem títulos, sem
denominação, tem que ter pauta, tem que ter documento”, foi à justificativa
dada pela presidenta ,vereadora, Regilda para não responder aos manifestantes,
pois em sua concepção não poderia responder aquilo que não existe.
Quando os vereadores baterem ás portas nas próximas eleições
deve ter um novo fenômeno, o povo deve exigir compromissos individuais
registrados em pautas ou em cartórios, será?
O que ficou de fato, é que a manifestação real do povo,
superou a manifestação pró-Zé Alberto; vamos para frente, todos buscamos e
queremos um município melhor, desenvolvido ou não?!
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