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quinta-feira, abril 23, 2015

REVOLTA E MUITA GRITARIA NA PORTA DA SEDE DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

- A população do município de Raposa, revoltada com a demora no julgamento do embargos do recurso que cassou o Prefeito de Raposa, Sr. Clodomir Oliveira dos Santos ,resolveu cercar o prédio do Tribunal, privando a entrada e a saída de qualquer membro ou funcionário daquele órgão. A confusão foi grande e o trânsito se naquelas avenidas virou um inferno. Me aproximei daquelas pessoas e observei que de certa forma eles tinham razão, pois, segundo me informou um daqueles ativistas mais aguerridos, o Presidente do Tribunal, à revelia da própria deliberação da Corte, mandara empossar a segunda colocada nas eleições, sem que antes todos os embargos de declarações estivessem efetivamente julgados. Falaram que o antigo Presidente do Tribunal era um homem muito comprometido com o Deputado Estadual Edilázio, que assim agia em nome da desembargadora Nelma Sarney Costa, atualmente Corregedora da Justiça do Estado. Enfim, o imbróglio rendeu bastante e os ativistas mais aguerridos mantinham firme a determinação de não arredarem do local, muito menos permitir que os funcionários, advogados, membros do ministério público e os próprios desembargadores deixassem as dependências do prédio sem que fosse julgado definitivamente o recurso do prefeito eleito Clodomir. Por volta das 20:00 horas, após encerramento da sessão, o então presidente da corte, desembargador Antônio Guerreiro, chamou ao gabinete da presidência uma comissão significativa de ativistas para com ele conversarem. Resolvi, meio tímido, me misturar entre os ativistas para ver qual seria a saída pacífica do desembargador presidente diante de tanta revolta. O desembargador Antônio Guerreiro, muito simpático por sinal, me surpreendeu; recebeu a nós todos com tanta fidalguia que praticamente deixou extasiado até mesmo os mais revoltados. Convidou o desembargador Clodomir Reis para participar da conversa e fornecer às pessoas que ali representavam uma grande multidão os motivos pelos quais pediu para adiar o julgamento do recurso para o final do mês, dia 29. Confesso que não entendi nada da explicação do desembargador Clodomir Reis, mais compreendi as palavras suaves do desembargador Antônio Guerreiro, que, com muita competência, explicou o que havia acontecido na sessão e o porquê do pedido de vista do desembargador Clodomir Reis. Carismático e muito elegante - olha fiquei surpreso - o desembargador Antônio Guerreiro consegui mostrar a nós todos que estávamos lutando erradamente e que os gritos e insultos não fariam com que o prefeito Clodomir retornasse ao cargo. O que deveriam fazer era desobstruírem as entradas do prédio e exigirem dos advogados os caminhos jurídicos legais. O certo, meus queridos amigos e leitores, foi que todos nós, inclusive eu, perplexo, aconselhei a que todos fossemos para casa e aguardássemos os recursos que os advogados do prefeito Clodomir se comprometeram, ao falarem para o povo, em ingressarem por Brasília. Sinceramente, tinha o maior desejo de conhecer o desembargador Antônio Guerreiro e agora tenho o maior orgulho de dizer que não só o conheço de perto, como também presenciei a calma de um homem de poder margear as tendências de outros poderosos que queriam usar a tropa de choque contra um povo que apenas bradava a prevalência da soberania popular. Quero parabenizar, igualmente, o coronel Bayma ,que chefiava a tropa e que em momento algum se afastou do método projetado, inteligentemente, pelo desembargador presidente. Assim, terminou pacificamente a revolta dos ativistas eleitorais.
Disse , um morador da cidade.
de Raposa

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